O padrão do sono sofre modificações na fase idosa. Naturalmente, o sono tende a ser mais leve, com despertares frequentes e geralmente dura até 8 horas.
Além disso a insônia no idoso é multifatorial e sofre interferências de doenças (Doença de Parkinson, demências e outras doenças neurodegenerativas, pneumopatias, obesidade, apneia do sono, etc), de medicamentos, da redução das atividades físicas e do ritmo de trabalho, do hábito de dormir durante o dia ou “tirar sonecas”.
Em muitos casos é possível resolver a insônia sem a utilização de medicamentos, através da higiene do sono. Evitar dormir durante o dia, ir dormir somente quando estiver com sono, evitar refeições “pesadas” antes de dormir, manter o quarto arejado e propício para o sono e estabelecer um compromisso com a prática regular de exercícios físicos em um horário do dia são medidas de higiene do sono.
Medicação não deve ser a primeira opção, pelo contrário, a avaliação criteriosa do inventário medicamentoso do idoso pode indicar a suspensão de medicamentos inapropriados, com efeito positivo no sono.
Muito importante é o exercício diário de redução da ansiedade gerada por ter tido uma noite de insônia. Um dia sem dormir bem não significa que será sempre assim. E não há uma determinação exata da quantidade de horas que a pessoa deve dormir.
Técnicas de relaxamento e psicoterapia são excelentes opções de tratamento não farmacológico. Em situações específicas, faz-se necessária avaliação complementar e definição da medicação mais adequada, com reavaliação seriada.
Geriatra
Dra Eliza de Oliveira Borges
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