Entre as causas mais frequentes de tombos nas pessoas mais velhas, estão fraqueza muscular e perda da visão
Cerca de 30% das pessoas com mais de 65 anos de idade caem pelo menos uma vez ao ano. Depois dos 80 anos, esse percentual pode chegar a 50%. Os dados são da Organização Mundial da Saúde (OMS). Em tempos de pandemia, com muitos idosos em isolamento, e alguns deles ficando sozinhos em suas casas, o risco de acidentes aumenta.
Entre as causas mais frequentes de tombos nas pessoas mais velhas, estão fraqueza muscular, perda da visão, problemas de saúde em geral e doenças que afetam o sistema motor. O uso de certos medicamentos também pode ser um fator de risco.
O ortopedista da Unimed Vitória Bernardo Terra destaca que, nos casos de queda, um dos problemas mais graves é a fratura do fêmur. “Como é o maior osso do corpo humano, o impacto na vida do idoso acaba sendo muito grande. Alguns não conseguem se recuperar totalmente e perdem parte de sua capacidade motora”, destaca o médico. “Outros problemas comuns causados por quedas, além das fraturas, estão relacionados à coluna”, afirma.
Bernardo dá algumas dicas importantes para prevenir a queda na terceira idade. “O ideal é que o idoso que já teve queda ou que tenha fatores importantes de risco não fique sozinho. Mas, em tempos de coronavírus, isso pode acabar sendo inevitável. Então, é importante estar atento ao ambiente em que ele vive, adotando algumas precauções”, pontua o especialista.
Além de ir regularmente ao médico, para verificar sempre sua condição de saúde, Bernardo Terra destaca que é importante eliminar da casa tudo que possa ser um obstáculo ao idoso ou mesmo provocar escorregões.
“Calçados com sola antiderrapante, não andar de meias e não usar chinelos frouxos ou já muito desgastados também é uma forma de evitar a queda”, diz.
O ortopedista afirma que é importante que o ambiente tenha corrimão e suportes no banheiro, corredor, sala, quarto e até na cozinha se necessário. Outro item essencial é uma boa iluminação, principalmente, no caminho até o banheiro. “Os utensílios pessoais, como roupas, material de higiene, medicações, entre outros, devem estar sempre em locais de acesso fácil”, ressalta. “Tapetes também não são recomendados. E portas em geral e armários devem ser fáceis de abrir”, alerta.
Outra orientação do médico é que os remédios sejam tomados no horário e dose sempre corretos. “Tonturas e outros efeitos colaterais devem ser relatados ao médico que acompanha o idoso”, finaliza.
Fonte: https://www.folhavitoria.com.br/
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